Todos nós conhecemos o famoso personagem de Maurício de Souza, que fala errado não é mesmo?
Cebolinha ficou conhecido pela sua forma de falar “elado”, trocando o R pelo L. Assim como ele, muitas crianças podem apresentar este tipo de alteração, denominada Transtorno dos Sons da Fala.
Esse tipo de queixa é o mais frequente entre as crianças com idade pré-escolar, atingindo até 10% dessa população
E como identificar?
Já nos primeiros anos de vida da criança podemos observar alguns fatores que podem acarretar em transtornos dos sons da fala como: histórico de otites de repetição, infecção de vias aéreas superiores (adenoide, amigdalas, alergias, sinusites e asma), assim como o histórico familiar de trocas na fala.
Devemos, portanto, ficar atentos a essas questões para identificar dificuldades no processo de desenvolvimento dos sons da fala.
Uma criança que por volta dos 2 a 3 anos de idade não fala nada, ou se fala pouco e ninguém compreende o que ela diz, é importante investigar e agendar uma consulta com um Fonoaudiólogo, que é o profissional capacitado para avaliar, diagnosticar e realizar o tratamento adequado.
A principal preocupação nesses casos, além dos impactos sociais que a criança que não tem a fala compreendida pode trazer, é a chance que as crianças com diagnóstico tardio de Transtorno dos sons da fala, têm de apresentar dificuldades no processo de alfabetização. As alterações observadas na fala podem ser transpostas para a leitura e a escrita e com isso, afetar o rendimento escolar. Por exemplo se a criança fala ALALA ela escreverá ALALA. Sendo assim, importante o diagnóstico e o tratamento precoce.
Procure um Fonoaudiólogo o quanto antes!
Flávia Chimelo Crfa:2-19564
(14)996412052
Referência consultada: Wertzner, H.F. Fonologia: Desenvolvimento e Alterações. In: Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo: Roca, 2004, Capítulo 62